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Museu Almeida Moreira

ENQUADRAMENTO

O Museu de Almeida Moreira foi a casa do fundador do Museu Grão Vasco, António Francisco de Almeida Moreira (25/11/1873-18/12/1939) que em testamento a legou à cidade, com a finalidade de funcionar como casa de cultura museológica.

Em 1962, o edifício foi colocado na dependência da Direcção Geral do Ensino Superior e das Belas-Artes e a anexado ao Museu de Viseu: Museu Grão Vasco. O Museu foi aberto ao público em 1965.
A casa foi modificada no seu interior para melhor distribuição e exposição de todo o seu recheio, com o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian.

Guardam-se nesta Casa as coleções reunidas pelo Capitão Almeida Moreira, que compreendem objectos de mero valor afectivo, até pinturas dos melhores mestres nacionais. Entre os trabalhos pictóricos destacam-se nomes como Malhoa, Silva Porto, Columbano, Veloso Salgado, Sousa Lopes, Marques de Oliveira e Alfredo Keil.

Para além da coleção de pintura, o Museu guarda ainda mobiliário antigo e uma interessante colecção de faianças portuguesas e estrangeiras. A biblioteca conta com mais de 5000 volumes.

 

EXIGÊNCIAS FUNCIONAIS

Atendendo à precária utilização do Auditório localizado no piso 0 e à necessidade de existência de uma sala para exposições temporárias, tornou-se fundamental a adaptação do piso 0 às necessidades do Município de Viseu.

Nesse sentido, foi proposta a desistência do Auditório, dando lugar à referida sala de exposições, apoiada por instalações sanitárias para servir o museu. Para além da masculina e feminina, também foi prevista uma casa de banho para deficientes.

As anteriores instalações sanitárias do piso 0 foram destinadas a Acervo, devido à sua localização e configuração.

Não se pretendendo efetuar alterações consideráveis aos pavimentos, optou-se por se manter as duas cotas de pavimento existentes no piso 0. Através de uma rampa, fez-se aceder a sala de exposições, a uma plataforma superior para acesso às instalações sanitárias, às comunicações verticais e a uma plataforma elevatória, permitindo o acesso a todos os pisos do edifício a pessoas com mobilidade condicionada. Pretendeu-se um percurso expositivo, criando um trajeto dinâmico.

Além de pontuais demolições de paredes interiores em tijolo, as únicas alterações para o restante edifício, resultaram da necessidade de se reforçar a estrutura de algumas lajes de piso, devido à necessidade de se abrir um vão de 1,60m por 1,40m para a referida plataforma.

O exterior do edifício foi mantido na íntegra, executando-se apenas a alteração da caixilharia de madeira do vão voltado para o Jardim das Mães, por um vão envidraçado. O objetivo desta  intervenção teve a ver com a possibilidade de se criar um espaço permeável, mais fluido, que originasse um espaço mais aberto, que servisse de convite à visita ao edifício e que permitisse tomar perspetivas para o Jardim da Mães e Rossio.

A empreitada englobou não só a proposta de Arquitetura, como pretendeu garantir ao edifício as necessárias condições de iluminação (nomeadamente, para a nova sala de exposição temporária), como também a nível de segurança contra incêndios e intrusão.

Exteriormente, o edifício foi pintado à cor existente.

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